quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Acordei, olhei para o lado e não te vi. Confesso que foi estranho no começo, mas hoje já me acostumei. Não, não me acostumei a não te encontrar ali. Me acostumei a sua falta, da mesma maneira que era acostumado com sua presença. Na verdade, hoje, não sentir a sua falta seria como sair para trabalhar e esquecer algo importante em casa. Lembrar de você já é parte da rotina.

Você é daquele tipo que sai sem bater a porta. Aliás, prefere manter a porta sempre aberta, para que possa voltar quando quiser, de novo, se quiser. Deixa a porta aberta e não olha para trás. Nem percebe enquanto te observo se afastar, deixando aqui os nossos dias, os nossos sonhos, mas levando o melhor deles: o nós. Porque não existe “nós”, sem você.